DESCARTE IRREGULAR DE MEDICAMENTOS E A INTERFERÊNCIA NO TRATAMENTO DA ÁGUA

Autores

  • DELIA MAMANI MOLLO E.E. PEI Professora Valderice Therezinha Da Motta Campos Marchini

Resumo

Pouco se fala a respeito, mas o descarte de medicamentos vencidos ou em desuso de
forma aleatória, no lixo comum ou no vaso sanitário, por exemplo, pode gerar muitos
impactos negativos.Segundo a Unidade de Gestão Ambiental (UGA), da Fundação
Ezequiel Dias (Funed), os medicamentos descartados de forma irregular trazem sérias
consequências ao meio ambiente e à saúde.
“Quando liberados no sistema de esgoto, os resíduos químicos dos medicamentos
acabam diluídos na água e são praticamente impossíveis de serem eliminados pelo
processo de filtragem. Ou seja, a água é contaminada por esses agentes e retorna aos
fluxos hídricos concentrada de resíduos aos cidadãos" de acordo com a bióloga Fabiana
Cristina Lima Barbosa.
Já existem estudos voltados para a análise de afluentes urbanos e os dados apontam para
uma concentração de hormônios derivados de resíduos fármacos capazes de afetar
gravemente os rios e lagos de diversas regiões. Segundo os dados levantados em 2010
pela companhia Brasil Health Service (BHS), as estatísticas mostram que 1kg de
medicamento descartado via esgoto pode contaminar até 450 mil litros de água.
Uma vez liberados no lixo comum, esses resíduos seguem para o aterro comprometendo
a qualidade do solo. Os componentes químicos descartados podem alcançar o nível
freático, poluindo o reservatório das águas submersas no solo. “Os impactos do descarte
são graves e precisam ser debatidos com seriedade nas instâncias do poder público,
principalmente”, alerta Fabiana.

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Publicado

2023-04-19

Como Citar

MAMANI MOLLO, D. (2023). DESCARTE IRREGULAR DE MEDICAMENTOS E A INTERFERÊNCIA NO TRATAMENTO DA ÁGUA. Portal De Conferências Da Semana Do Conhecimento, 6(1). Recuperado de https://sdc.guarulhos.sp.gov.br/index.php/SDC/article/view/765