POLUIÇÃO MARINHA
UMA AMEAÇA SILENCIOSA AOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E À VIDA HUMANA
Resumo
Aproximadamente 14 bilhões de toneladas de detritos são acumulados anualmente nos
oceanos, de acordo com estimativas. Outra prática que contribui para a poluição marinha são
os navios petroleiros e os oleodutos, que podem causar contaminação da água através de
vazamentos e da lavagem dos tanques, na qual a água suja de petróleo é descartada no mar.
Essa forma de poluição é conhecida como “maré negra”. Além dos resíduos sólidos, há
também a presença de poluentes líquidos, partículas e até mesmo energia radioativa. A criação
e expansão de zonas mortas, por exemplo, ocorre devido a alterações na composição química
da água, resultando em níveis reduzidos de oxigênio que são insuficientes para sustentar
diversos organismos. Esse fenômeno é provocado pelo acúmulo excessivo de nutrientes no
ambiente aquático, conhecido como eutrofização, que ocorre devido ao descarte inadequado
de várias atividades humanas. A enorme quantidade de produtos lançados nos oceanos
ocasiona o surgimento de organismos prejudiciais ao desenvolvimento da vida marinha, além
de comprometer a disponibilidade de alimentos. O descarte inadequado ameaça não somente o
ecossistema marinho, mas também a sobrevivência humana. Os oceanos e mares são os
principais receptáculos dos resíduos resultantes das atividades humanas. Diariamente, lixo
sólido, resíduos agrícolas, poluentes orgânicos, petróleo e metais pesados encontram seu
caminho até as águas marítimas, seja de forma intencional ou acidental. Apesar de novos
regulamentos sobre o descarte de substâncias contaminantes serem estabelecidos
constantemente, o despejo de produtos tóxicos nos oceanos era uma prática comum, uma vez
que se acreditava que tais compostos não teriam impactos significativos na química oceânica
e, consequentemente, na sua fauna e flora. A poluição marinha é caracterizada como a
inserção, por parte do ser humano, de substâncias ou energia no ecossistema marinho que
causam efeitos negativos, como danos à fauna e à saúde humana, resultando em obstáculos
para as atividades marítimas (incluindo pesca e recreação) que acabam sendo prejudicadas
devido à contaminação dos animais aquáticos e à deterioração da qualidade de vida.
